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Maternidade na Croácia

Passado quase um mês do nascimento da minha filha, começo a ter uma rotina e poder postar por aqui! A vida de mãe traz muitas novidades, desafios e aprendizados que nunca poderia imaginar. Hoje vejo que o que pensava antes sobre muitas coisas é totalmente diferente do que agora, somente a experiência é que nos mostra.
Aqui na Croácia, após o retorno pra casa, se tem o costume de receber uma enfermeira que ensina a dar banho, cuidar do coto, do bebê, etc. Desta forma, se adia a visita ao pediatra até o primeiro mês de vida. É interessante este costume, além de poder ligar para as enfermeiras quando se têm dúvidas e chamá-las em caso de necessidade. Geralmente, costumam vir uma ou duas vezes por semana até a queda do umbigo.
Outra coisa que descobri foi uma associação chamada roda.hr que apóia a amamentação no peito, além de vender fraldas de pano muito fofas. Ela tem um número SOS pra tirar dúvidas sobre amamentação, assim como o hospital em que dei a luz. 
Procurando informações na internet do Brasil, encontrei o site do projeto da Cris Nicklas sobre os desafio que é amamamentar e compartilho aqui, pois achei muito legal, é: amamentareh.com.br 
Vejo que mesmo hoje em dia, com tanto acesso à informações, ainda falta ajuda e nos sentimos despreparadas e sozinhas em um momento tão importante que é a amamentação. Há muita coisa acontecendo no Brasil, sobre esse assunto e é bom saber disso, mesmo estando longe. Felizmente o Brasil está melhor neste quesito que a Croácia em termos de dados e apoio às mães.
Aos poucos voltarei a responder os mails que me enviam!


Comentários

  1. Querida Marília! Parabéns pelo bebê! se precisar de qualquer dica pode me mandar um e-mail... Cristiane (Pediatra)

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  2. Oi, Marília!

    Meu último post foi sobre minha amamentação...
    Olha, aqui no Brasil, o trabalho dos enfermeiros é negligenciado.
    Não sei se é bairrismo da classe média, mas um país com tantos problemas na saúde, com tanta necessidade de médicos, não delega praticamente nada autônomo aos enfermeiros.

    Grande abraço à você e à bebezinha!

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  3. Oi,Cristina
    Acabei de dar um pulo no teu blog e fiquei mito comovida com o teu depoimento.
    Obrigada,
    BJ!

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  4. Querida Marília
    Que incrível esse costume de receber a enfermeira em casa! Imagino quanta segurança e ajuda ela te deu, pois morar num país distante, longe da família deve dar muita insegurança, ao menos penso que ficarei assim quando passar por isso!
    Bjim e tenha um ótimo fim de semana.
    Léia

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    Respostas
    1. A ideia é ótima mesmo, pois não precisa se deslocar de casa com um bebê tão pequeno!
      bj!

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  5. Oi, Marília!

    Amamentei por 1 nao e 4 meses, depois Benjamin não quis mais. No início foi difícil. Na primeira consulta com o pediatra, na primeira semana se vida, ele viu que eu não estava entendo nada sobre como amamentar, então ele me fez marcar uma hora com uma consultora de lactosa ( não uma enfermeira), esta consultora foi até a minha casa e me ensinou tudo, estava tudo incluido no plano. Foi muito bom!

    Agora, o Benjamin está com dificuldades na comunicação, ele está ouvindo português e inglês. Para ele não ficar atrasado em ralação aos outros da mesma idade, estou fazendo uma avaliação em casa com terapeutas, tudo de graça através do governo. Não acho realmente necessário, mas como sou mãe de primeiro viagem, posso aproveitar as dicas das terapeutas infantis.

    Nossa, criar um filho bilíngue, não é fácil! :)

    beijos

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  6. Nossa,q legal,todo este tempo! Parabéns!
    Q bom q aí TB tem ajuda através do governo, tem mais é q aproveitar. No comeco tudo é novo e ddesconhecido, precisamos de ajuda mesmo.
    Tô recém comecando , mas sei q não vai ser facil criar uma filha bilíngüe.
    Bj

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  7. Maira,
    Recebi o comentário,mas infelizmente deletei sem querer.obrigada pelo carinho e espero q voltes logo pra ca!bj

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