Vasculhando os meus mapas da minha viagem pela Europa me veio uma porção de sentimentos e sensações que vivenciei que me deu vontade de escrever sobre eles. Vou aproveitar a inspiração e compartilhar um pouco da minha viagem pelos países que viajei! Será um formato diferente do que escrevo aqui no blog, portanto, não estranhem!
Diário da minha Primeira viagem à Europa
Diário da minha Primeira viagem à Europa
Quando vim para a Europa a primeira vez foi em novembro de 2007. Tinha 23 anos, acabado um relacionamento de quase um ano, me formado na faculdade, procurado emprego e não encontrado, ou seja, estava no fim de uma etapa da minha vida, mas não tinha ideia o que me aguardava. A expectativa era a mínima, tinha a sensação de estar indo para Europa como quem vai para Anta Gorda (uma cidade no sul do Brasil que acho muito engraçado o nome!). A ideia era sair, buscar novos ares, fazer um mochilão, esquecer daquele sofrimento que estava passando e visitar o meu irmão que na época estava morando em Dublin.
O roteiro? Era o seguinte: Poa-Madri, Espanha, Itália, Holanda, Inglaterra, Irlanda, França, Espanha, Portugal, Espanha. República Checa, Alemanha e o retorno por Madri. O tempo de viagem? Quase dois meses e meio, sendo que minha mãe viria ao meu encontro após um mês e meio.
Tudo foi muito estranho. Tinha um mochilão de 13 quilos e nos próximos dois meses carregaria o que precisava nas minhas costas e iria conhecer um mundo que tinha lido nos livros. Me despedi dos meus pais sem saber quando os veria, pois já passava pela minha cabeça a ideia de ficar em algum lugar fazendo um mestrado ou trabalhando. Por sorte encontrei uma conhecida no voo Poa-Buenos Aires e tudo foi bem tranquilo. Foi só quando me vi no aeroporto de Buenos Aires sozinha, precisando trocar os euros por dólares, calculando quanto que era necessário para comer e cuidar para fazer o embarque na hora certa que percebi que estava numa jornada e que não tinha com quem contar a não ser eu mesma.
O voo foi cansativo, sentei perto de muitas senhoras espanholas que falavam alto e que conversaram todo o tempo. Tive dificuldade de colocar o cinto de segurança, mas dali em diante se tornaria um hábito frequente e simplório.
Ao sobrevoar Madri, de madrugada, fiquei impressionada com as cores das luzes da cidade à noite, seu tamanho e sua dimensão. Liguei o rádio pensando: — a música que ouvir agora será o tema da minha viagem. Para minha surpresa tocou It must have been love, do Roxete. Muito simbólico! Lágrimas caíram enquanto o avião pousava. A minha vida estava por mudar e eu não sabia. Era hora de descer.
Marília ! Vou ler avidamente suas memórias de viagens. Aguardarei impaciente cada "capítulo". Bjo ... saudades
ResponderExcluirCris, muito bom saber que te tenho aí do outro lado! Me deixa mais empolgada ainda saber que estarei compartilhando contigo!
ResponderExcluirBJ's e saudade